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21/12/2011

Boas Festas


’Que o espírito natalício traga aos nossos corações a fé inabalável dos que acreditam num novo tempo de paz e amor. ‘’

   A todos um:
                            Feliz Natal e Próspero  Ano Novo.

15/10/2011

Basto Vida Acolhe “Curso de Formação para Cuidadores Formais de Pessoas Com Doença de ALZHEIMER” - Nível 1

    Após a deslocação à Associação Alzheimer Portugal - Delegação Norte, os Educadores Seniores, Luís Correia e Ana Mota, reuniram-se com a direcção desta Associação com o objectivo de promoverem o "Curso de Formação para Cuidadores Formais de Pessoas com a Doença de Alzheimer", no Conselho de Cabeceiras de Basto.
    A iniciativa decorreu na sede da Régie Cooperativa Basto Vida. Todas as Instituições do Conselho foram convidadas, tendo aderido a Santa Casa da Misericórdia de Fafe, a ADIB, o Centro Social e Paroquial de Bucos, o Centro Social da Paróquia de Cavez e Familias de Acolhimento.
    O feedback dos formandos foi bastante positivo e de bom aproveitamento dada a pertinência do tema.
   Os Educadores Seniores agradecem à Associação Alzheimer Portugal - Delegação Norte pela colaboração prestada e à Basto Vida por terem disponibilizado a sala, bem como os equipamentos necessários para a realização desta formação.


Ana Mota & Luís Correia

09/06/2011

Fotografias Conferência "Envelhecimento Bem Sucedido: Segurança, Cuidados e Saúde"

 Da esquerda para a Direita:
          
Drª. Ana Noronha (Presidente do Instituto Superior Educação de Fafe (IESF).
Prof. Doutor Arthur Neto.
Engenheiro Joaquim Barreto ( Presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto).
Drº. Tiago Montanha.
Prof. Doutor J. Pinto da Costa.


Estagiários Organizadores:
Luís Correia e Ana Mota











_______________________________________________________________________
Stand do IESF



14/05/2011

VI Festa da Saúde do Concelho de Cabeceiras de Basto

Convite

O Grupo de Estágio da Licenciatura em Educação Séniorda ESE de Fafe, tem a honra de Convidar V. Ex.ª para assistir à conferência subordinada ao tema “Envelhecimento Bem Sucedido: Segurança, Cuidados e Saúde”.
Esta Conferência tem o apoio da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, da Cooperativa Basto Vidae da Escola Superior de Educação de Fafee integra-se na VI Festa da Saúde e da Solidariedade do Concelho.
Sábado, 21 de Maio · 16:30 -18:00 em Cabeceiras de Basto no auditório do Mercado Municipal.

Painel:

Prof. Doutor J. Pinto da Costa-"Violência Doméstica/Maus tratos ao Idoso".
Prof. Doutor Arthur Neto-"Atendimento Holístico às Pessoas Idosas".
Tiago Montanha-" Actividade Física na Terceira Idade".
Agradecemos desde já a honra da vossa presença,
Os Estagiários :
Ana Mota e Luís Correia

21/04/2011

“Nature Cell Biology”.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Pádua, em Itália, da qual faz parte uma portuguesa, descobriu um mecanismo nas células que pode abrir portas na investigação de doenças como a Alzheimer. Esta descoberta foi já publicada na revista científica britânica “Nature Cell Biology”.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Pádua, em Itália, da qual faz parte uma portuguesa, descobriu um mecanismo nas células que pode abrir portas na investigação de doenças como a Alzheimer. Esta descoberta foi já publicada na revista científica britânica “Nature Cell Biology”.

A equipa de investigadores daquela universidade concluiu que ao induzir a autofagia nas mitocôndrias – estrutura das células que produz energia – estas “mudam de forma e tornam-se mais eficientes, algo que se não acontecer põe em causa a sobrevivência das células”, explicou, à agência Lusa, Lígia Gomes, aluna de doutoramento da Universidade de Pádua, em Itália.

Lígia Gomes desenvolveu o trabalho de pesquisa na Universidade de Pádua juntamente com os investigadores italianos Giulietta Di Benedetto e Luca Scorrano, também professor na Universidade de Genebra.

Segundo Lígia Gomes, a descoberta de um novo papel das mitocôndrias abre-nos portas porque “a desregulação mitocondrial está envolvida em várias doenças”. De facto, mais de cem doenças resultam de problemas relacionados com as mitocôndrias.

“Em algumas doenças – como a doença de Huntington [um distúrbio neurológico] –, sabemos que as mitocôndrias estão fragmentadas. Se evitarmos isso, garantimos a sobrevivência das células”, explicou.
Conhecer o comportamento das mitocôndrias pode ainda ajudar na descoberta de “novas estratégias para controlar a sobrevivência das células, seja para evitar que estas morram em número excessivo, como acontece nas doenças neurodegenerativas (casos das doenças de Alzheimer e de Parkinson), ou para controlar a sobrevivência descontrolada que se observa nos tumores cancerígenos”.
“Esta descoberta – garante Lígia Gomes –, abre perspectivas, já que desvendou um mecanismo fundamental das células”.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Snoezelen para Idosos

A palavra Snoezelen provém do Holandês Snuffelen – cheirar e Doezelen – tornar-se leve, relaxar. Tradicionalmente, na Holanda, onde nasceu, nos anos 60, o Snoezelen foi aplicado numa sala especial com um equipamento que oferecia múltiplos estímulos, envolvendo todos os sentidos, tanto para estimular como para relaxar. O principal objectivo no Snoezelen – abordagem multissensorial – é acompanhar a pessoa idosa no crescimento da aceitação da sua nova condição, na manutenção das suas capacidades, criando um contexto de calma e tranquilidade, motivador e desafiador, onde não existem exigências, expectativas ou opiniões, mas um lugar sagrado, longe de todos os espaços comuns e recolhido, onde todos os sentidos e experiências proporcionadas só para si mesmo, o seu tempo, as suas limitações, os seus sentimentos…

Doenças psíquicas

Fonte: Nelson S. Lima - Ginástica Mental - CEO do grupo Instituto da Inteligência (Portugal)

Variam consoante a região for rural ou urbana e uma mesma doença apresenta diferentes sintomas.


"Koro", "amok", "brain fag" e outras perturbações psíquicas ainda afectam muitos povos de longínquias paragens mas não em S.Paulo, Nova Iorque ou Lisboa.

Não será novidade para ninguém dizer-se que muitas doenças são provocadas pelo estilo de vida. Mas sabe que muitos sofrimentos psicológicos são influenciados pelo local, a sociedade, a cultura e a época? Pois é. E muito mais do que possa imaginar!

Por exemplo, sabe que a depressão é sobretudo uma doença das sociedades industrializadas. Certo? Mas sabia que, quando ela ocorre em regiões mais rurais e afastadas dos grandes centros, os sintomas apresentam-se diferentes, com manifestações mais físicas do que emocionais? Curiosa esta distinção, não é?

O mesmo se passa com a vulgar ansiedade. Enquanto nos países industrializados as manifestações são mais psíquicas e intelectuais, nas regiões menos desenvolvidas e rurais os sintomas são de natureza mais somática (física) e comportamental. Isto é outra diferença interessante.

Acontece também que várias perturbações psicológicas que tanto afectam os cidadãos do chamado “primeiro mundo” – fortemente industrializado, urbanizado e competitivo – são praticamente desconhecidas entre os povos que habitam regiões subdesenvolvidas, onde a agricultura e a pastorícia constituem ainda as principais actividades económicas. É o que acontece com a anorexia nervosa, o transtorno obsessivo-compulsivo e a doença bipolar (transtorno depressivo de características muito específicas) que estão entre as perturbações mentais praticamente desconhecidas das sociedades tradicionais.

A manifestação e o significado de muitas perturbações de índole psicológica diferem de cultura para cultura. A explicação reside no facto das chamadas “experiências de vida” – que variam não apenas de pessoa para pessoa mas também de sociedade para sociedade – serem fortemente influenciadas pela época histórica, o meio, as crenças, o contexto sócio-económico e o estilo de vida.

Diferentes regiões, diferentes sintomas
Nas sociedades ocidentais predomina a família nuclear, com poucos filhos, uma separação maior entre a vida privada e a vida pública e um menor peso da religião e da tradição. Desde muito novos, os habitantes dos grandes centros adoptam estilos de vida marcados pela competição, a conquista do sucesso e a posse de bens materiais.

Já as sociedades rurais estão imersas em tradições milenares onde as crenças religiosas têm um papel muito forte, influenciando não apenas as decisões pessoais como as de natureza comunitária e política. As famílias são extensas, a escolaridade é baixa e os sentimentos de competitividade e de conquista de sucesso praticamente não existem.

Um exemplo muito interessante do papel que o meio e a cultura desempenham na forma como as doenças psicológicas se exprimem é o da esquizofrenia, uma perturbação mental que no Ocidente penaliza cerca de 1 a 2% da população.

A esquizofrenia manifesta-se, entre outros sintomas, através de alucinações, embotamento afectivo e ideias delirantes. Todavia, há geralmente diferenças de padrão conforme ela ocorra num indivíduo de uma cidade europeia ou americana ou num habitante da savana africana ou das estepes asiáticas. Por exemplo, nos doentes esquizofrénicos das sociedade rurais as ideias delirantes referem-se a anomalias corporais, antepassados e “espíritos”. Por outro lado, o seu significado pode ter conotações espirituais e religiosas.

A afectividade

Fonte: Nelson S. Lima - Ginástica Mental - CEO do grupo Instituto da Inteligência (Portugal)

Os afectos podem revelar-se através de atitudes ou traços de carácter e são determinantes para a nossa vida.

A afectividade divide-se em emoções, agitações e disposições. Os afectos podem revelar-se também através de atitudes (como gostos e aversões, aprovação e reprovação) e traços de carácter (tais como benevolência, irascibilidade e o espírito vingativo). Existe ampla controvérsia sobre o que são emoções. Alguns estudiosos entendem que as emoções são algo muito pessoal e interno a cada pessoa. Outros, como os antropólogos, consideram as emoções como sendo criadas entre as pessoas, ou seja, resultantes da interacção entre elas. Certo é que as emoções são a manifestação externa e dinâmica do estado afectivo interno das pessoas e, por isso, são observáveis.

Ou seja, as emoções exprimem-se através do rosto e das reacções corporais. Elas podem ser avaliadas em termos de tipo, intensidade, extensão, variabilidade e grau de congruência (alterado ou inalterado). Os indivíduos normais demonstram uma multiplicidade de emoções, de intensidade variável, que, em geral correspondem e variam com os pensamentos e sentimentos expressos verbalmente. Elas pesam também nas nossas deliberações e nos desejos que albergamos.

Existem muitos tipos de emoções e diferentes formas de as agrupar. Uma das mais rigorosas divide as emoções em "emoções orientadas para os outros" e "emoções orientadas para o próprio". Veja-se:

Emoções paradigmáticas orientadas para os outros (são o amor, o ódio, a esperança, o medo, a cólera, a gratidão, o ressentimento, a indignação, a inveja, o ciúme, a piedade, a compaixão e o pesar); e...

Emoções de auto-avaliação orientadas para o próprio (o orgulho, a vergonha, a humilhação, o arrependimento, o remorso e a culpa).

Seguem-se as chamadas agitações. Estas são perturbações do afecto de curto prazo geralmente provocadas por algo exterior a nós. Exemplos de agitações: sentir-se excitado, sentir-se chocado, sentir-se espantado, sentir-se surpreendido, sentir-se assustado, sentir-se revoltado, etc. São experiências sentimentais passageiras causadas por aquilo que percepcionamos, aprendemos ou entendemos.

Sendo perturbações podem alterar o nosso comportamento e travar as motivações. Por exemplo, podemos comportarmos de determinada maneira se estivermos "revoltados" com algo ou alguma pessoa. O comportamento será diferente se estivermos "surpreendidos". Ou seja, as agitações são uma categoria de sentimentos que provocam diferentes "modos de reagir".

As disposições são quadros mentais ou estados de espírito em que nos encontramos em cada momento. Podemos sentir-nos alegres, eufóricos, satisfeitos, irritados, melancólicos ou deprimidos. São pois uma "propensão para" nos sentirmos de uma determinada maneira e, por isso, estão ligados a estilos de comportamento.

As disposições afectam nossos pensamentos e reflexões. Veja-se como quando estamos alegres os nossos pensamentos são diferentes do que quando estamos melancólicos. Enquanto as emoções propriamente ditas promovem a acção (por exemplo, o medo provoca a fuga ou a defesa), as disposições não.

Além das emoções temos também as chamadas atitudes emocionais. O que são atitudes emocionais? São tomadas de posição emocional como, por exemplo, sentir saudades ou sentir ciúmes por alguém de forma prolongada. Em teoria podem confundir-se com sentimentos dado que se podem prolongar no tempo.

Finalmente, os traços de carácter emocional. Não se podem confundir com emoções nem com sentimentos. Na verdade, representam "propensões para ser e sentir" dadas as circunstâncias apropriadas e têm a ver com a natureza emocional das pessoas. Compreende-se melhor através de exemplos: há pessoas que se caracterizam por ser compassivas, outras por ser amáveis, outras invejosas, outras tímidas, outras aventureiras, etc. Definem, de algum modo, "maneiras de ser" e estão inseridas na sua personalidade. A educação e as experiências de vida durante a infância determinam muitos dos traços de carácter emocional. 

Como rejuvenescer a mente

Fonte: Nelson S. Lima - Ginástica Mental - CEO do grupo Instituto da Inteligência (Portugal)

Conheça os dez mandamentos para manter a agilidade, a fluidez e a rapidez da sua mente.


Em qualquer idade podemos rejuvenescer a nossa mente. Isto é ainda mais importante nas pessoas que ultrapassam os 40/50 anos de idade,  pois o estado mental influencia o processo de envelhecimento. Sabemos que este pode acelerar se a mente não estiver limpa de impurezas. O fenómeno é idêntico ao do organismo: se este tiver muitas toxinas, envelhece prematuramente e fica mais sujeito a maleitas.Cientificamente,  nós sabemos que a mente não envelhece - amadurece. O que envelhece é o cérebro, o organismo. A mente pode, porém, perder agilidade, rapidez e fluidez se não for cuidada e alimentada por experiências enriquecedoras de vida como também de oxigénio, exercício e dieta reparadora.

O que faz envelhecer a mente?

A mente, já o disse, não envelhece. Mas não está imune aos ataques de elementos que podem fazê-la perder a vitalidade dos anos de juventude. Podemos dividir esses elementos em dois grupos. Assim, alguns atingem a mente através do corpo. Outros actuam mesmo dentro da mente.

Através do corpo podemos fragilizar o estado da mente levando um estilo de vida que, prejudicando o organismo, vai danificar as células do cérebro, diminuindo a sua capacidade de reacção. Impurezas oriundas da alimentação, excesso de álcool, tabaco e sedentarismo são os elementos que mais afectam a juventude da mente forçando-a a diminuir a sua destreza, incluindo o indispensável trabalho da memória.

Na mente, por sua vez, podemos actuar da mesma forma reduzindo o seu estado de saúde. Experiências negativas, pensamentos tóxicos, emoções descontroladas e excessivas e pobreza de informação e conhecimentos enfraquecem o poder mental.
O que faz rejuvenescer a mente?

Felizmente, podemos recuperar e manter a saúde e a destreza mental levando um estilo de vida que dê primazia a vários procedimentos.Eis algumas dicas de rápida e garantida ficácia:

Mexa-se. Caminhe, passeie, viaje. Não esteja mais do que 2 horas seguidas sentado.
Aprenda a respirar bem. De manhã, inspire calmamente.
Faça exercícios de relaxamento com frequência e aprenda a meditar.
Alimente-se de forma equilibrada, eliminando as más gorduras, frituras, álcool em excesso e açúcares. Aposte numa dieta “verde” com legumes e fruta, ingerindo menos carne.
Tome suplementos vitamínicos e minerais que equilibrem a sua alimentação.
Durma o suficiente e, se puder, faça sestas (elas ajudam a reequilibrar o organismo).
Conviva com pessoas interessantes, simpáticas e positivas.
Afaste-se de climas humanos desagradáveis e conflituosos.
Leia, leia bastante, várias vezes por dia, incluindo jornais.
10º Abuse dos sentidos: aromas, sabores, música, tocar em diversos materiais e alargar a visão para pormenores ao seu redor, as estrelas do céu e o horizonte.

Estas sugestões, logo que tornadas em hábitos, vão-lhe trazer um bem-estar geral fantástico e uma mente prodigiosa. Se tiver alguma doença crónica ajuste estas pistas aos conselhos do seu médico.
Viva e seja feliz!

19/03/2011

1º SESSÃO DE ESCLARECIMENTO PARA POPULAÇÃO IDOSA

No passado dia 03 de Março 2011, 5.ª Feira, realizou-se nas instalações da Junta de Freguesia de Refojos, a 1.º Sessão de Esclarecimento para a População Idosa que frequenta o Centro de Convívio Janelas Abertas. Esta primeira edição da iniciativa foi organizada pelo núcleo de estágio da Licenciatura em Educação Sénior da Escola Superior de Educação de Fafe e contou com a participação da GNR local e dos Estagiários da Licenciatura de Educação Sénior.
Os principais temas desta sessão tiveram como objectivo esclarecer a população acima referida, para alertar sobre as “BURLAS” e “PREVENÇÃO RODOVIÁRIA”, tendo como principal orador o Comandante do Posto da GNR Aníbal Barroso.
O segundo tema foi de “PREVENÇÃO DE QUEDAS NO IDOSO”, tendo como principais oradores os alunos Estagiários da Licenciatura de Educação Sénior.
A vontade de realizar a 1.ª Sessão de Esclarecimento sobre estes temas referidos, foi a vontade de os alunos estagiários alertarem esta população para terem cuidado com as burlas, uma vez que hoje em dia é uma ocorrência frequente, assim como as prevenir quedas no Idoso.
A iniciativa dos alunos que organizaram a Sessão de Esclarecimento reflecte o carácter abrangente da intervenção destes profissionais e a sua prontidão no diagnóstico das necessidades existentes na região, nomeadamente a fragilidade das respostas sociais para o envelhecimento da população em geral.
Fica a promessa dos Estagiários desta Licenciatura, que estas sessões irão decorrer noutras Freguesias.
Os Estagiários agradecem ao Srº Francisco Alves (Presidente da Junta de Freguesia de Refojos), por se ter disponibilizado a ceder as instalações e abrir a sessão. Á Drª Catarina Ramos, nossa orientadora de estágio, pelo apoio que nos prestou e pela sua disponibilidade para colaborar connosco (Estagiários). Á GNR por se disponibilizar de imediato para colaborar connosco. A todos os participantes que estiveram presentes, porque sem eles isto não era possível. A todos um muito obrigado.
Estagiário da Licenciatura de Educação Sénior:
Ana Mota
Luís Correia






08/03/2011

Mude a sua mentalidade!

  • Sempre que olhar para uma pessoa idosa, tente pôr-se na pele dela. Perceba os constrangimentos inerentes à velhice
  • Converse com as pessoas idosas. Não tenha medo. Elas não são de cristal.
  • Não infantilize as pessoas mais velhas. Elas detestam quando o faz
  • Não esteja permanentemente a confrontar a pessoa idosa com as suas dificuldades. Ninguém gosta disso!
  • Se gosta verdadeiramente dos seus familiares idosos não os superproteja
  • Respeite a individualidade e a personalidade de todas as pessoas, inclusivamente das pessoas mais velhas e seriamente doentes ou dependentes  

Proteja-se! Não seja mais uma vítima

  • Prepare a sua velhice. Respeite os seus familiares para que eles venham mais tarde a respeitá-lo a si
  • Seja tolerante com as suas próprias falhas e tente facilitar a vida àqueles que o querem verdadeiramente ajudar
  • Pense na sua velhice. Imagine como gostaria de a passar. Fale disso aos seus familiares. Construa com eles um plano e veja se é exequível
  • Não deixe que o envelhecimento o faça sentir diminuído
  • Proteja a sua auto-estima. Cuide de si próprio. Seja sedutor.
  • Mostre o seu valor e lute contra o preconceito e o estigma

15/01/2011

A Deficiência através da História

Durante muitos anos, acreditou-se que todo aquele que fosse”diferente”, era contra natura, ou seja, não era aceite pela sociedade. Segundo Aranha (1995), “as pessoas portadoras de deficiências não podiam ser educadas, sendo mesmo consideradas pela sociedade como aberrações da natureza. Estes eram consequentemente associados à imagem do diabo e a actos de feitiçaria por serem diferentes dos restantes membros da sociedade” e continua, “com ou sem intenção, a ‘marginalização’ da pessoa com deficiência existia e estava muitas vezes ligada à ideia de que as deficiências físicas/mentais e doenças eram causadas por espíritos maus, demónios ou uma forma da pessoa pagar por pecados cometidos, indicando certo grau de impureza e pecado e de uma certa maneira justificando o fato de serem apenas tolerados pela sociedade, o que reforçava a prática da marginalização, restando aos deficientes o destino de esmolar nas ruas e praças”.
Sabe-se que nesta mesma época, era comum o extermínio de crianças que nascessem deficientes. Segundo Goldfeld (1997), “Existem relatos a respeito do tratamento que era dado a essas pessoas. Não havia nenhuma preocupação com a educação ou qualquer outra forma de socializar as pessoas deficientes. Por volta de 335 d.C. aparecem importantes filósofos, como Aristóteles, que acreditava que o pensamento era desenvolvido por meio da linguagem e da mesma com a fala, e por isso afirmava que o “surdo não pensa, não pode ser
Considerado humano”.
Neste contexto, a Prof. Maria Ângela de Oliveira, é mais categórica ao afirmar “ a infortunada criança era prontamente asfixiada ou tinha sua garganta cortada ou era lançada de um precipício para dentro das ondas. Era uma traição poupar uma criatura de quem a nação nada poderia esperar” (Lane e Philip,”The deaf experience”, 1984.
Foram variados os períodos em que estas pessoas foram classificadas de incapazes, não podendo participar de qualquer tipo de vida “normal” como quaisquer as outras pessoas da comunidade.
As perseguições, os julgamentos e até mesmo as mortes foram, na Idade Média, a forma “mais eficaz” de resolver estes problemas.
Com o avanço do Cristianismo, a visão de homem modificou-se para um ser racional, que era a criação e manifestação de Deus e, os deficientes passaram a ser vistos como merecedores de cuidados. Desta forma, a pessoa com deficiência, mesmo que não produtiva,  adquire status de humano e possuidor de alma. Nesse sentido, atitudes de exterminação não são mais consideradas como aceitáveis e os cuidados com a pessoa com deficiência passam a ser assegurados pela família e a igreja, mesmo que tais cuidados não garantam, ainda, a integração do deficiente nessas instituições e na sociedade de forma geral. Dessa maneira, havia abrigos para as pessoas desprotegidas e doentes de toda espécie. No entanto, ainda havia pouco respeito para com essas pessoas, que permaneciam à margem da sociedade (Aranha 1995). Ainda segundo o mesmo autor, “foi com o avanço da medicina que é favorecida uma leitura organicista da deficiência, ou seja, não é mais tão privilegiada a visão da deficiência como problema teológico e/ou moral, mas como um problema médico, favorecendo assim uma visão científica da questão”. Foi no Século XIX, com a Revolução Industrial e o modo de produção capitalista, que valorizava o potencial produtivo das pessoas, que houve a necessidade de estruturação de sistemas nacionais de ensino e escolarização para a população potencialmente produtiva da época, o que podemos chamar de ‘momento da educação’. Neste contexto, era necessário formar cidadãos produtivos visando o aumento de mão-de-obra para a produção. Foi, neste período, que houve uma atitude de maior responsabilidade pública pelas necessidades do deficiente, pois estes começam a ser vistos como potencialmente capazes de executar tarefas nas indústrias. Segundo Mazzotta (1999), isto só ocorreu porque o contexto social, cultural e político deste dado momento histórico estava favorável, no sentido de necessitar que as pessoas com deficiência aproveitassem seu potencial produtivo. É neste período que ocorre uma superação da visão de deficiência como doença, para uma visão de estado ou condição do sujeito.
Desta forma, a partir da segunda metade do século XIX, houve uma grande preocupação com o potencial para o trabalho da pessoa com deficiência, o que contribuiu com a criação de várias organizações até hoje existentes com esta finalidade. Assim, observa-se um período voltado para a educação da pessoa com deficiência em que novas técnicas, adaptações e programas de ensino foram estabelecidos e mantidos até os tempos actuais, embora em processos de aperfeiçoamento. Segundo Sassaki “a integração social, está baseada em um modelo médico da deficiência, em que esta é considerada como um problema da pessoa, sendo o deficiente quem precisa ser tratado e reabilitado para se adequar à sociedade como ela é. A ideia de integração social surgiu como uma alternativa frente à prática de exclusão social a que a pessoa com deficiência viu-se submetida ao longo dos tempos”. A integração social foi, reconhecidamente, uma prática que inseria a pessoa com deficiência na sociedade. No entanto, e segundo o mesmo autor, “isto só ocorria nos casos em que o deficiente estivesse de alguma forma capacitado a superar as barreiras físicas, programáticas e atitudinais nela existentes”.
A partir do séc. XX, os portadores de deficiências passam a ser vistos como cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade, mas sob uma óptica assistencial e caritativa.
A primeira directriz política dessa nova visão aparece em 1948 com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. "Todo ser humano tem direito à educação” (Artigo 26.º).
A partir de então, vários foram os progressos que se fizeram nesse mesmo sentido, até que nos encontramos, actualmente, perante uma mentalidade muito mais aberta e justa.
O termo “deficiente” era até recentemente, vulgarmente aplicado a pessoas portadoras de deficiência, porém, esta expressão transporta uma forte carga negativa e depreciativa da pessoa, pelo que, ao longo dos anos, foi cada vez mais rejeitada pelos especialistas da área e, em especial, pelos próprios portadores.
Actualmente, a palavra é considerada como inadequada e estimuladora do preconceito a respeito do valor integral da pessoa. Deste modo, tem vindo a ser substituída pela expressão: “pessoa especial”ou “pessoa com necessidades especiais”, contudo, o preconceito social que existe com relação à pessoa com deficiência é um problema da sociedade que estigmatiza, mas também um problema individual.
Crochik (1995),  refere que o” preconceito surge no processo de socialização, sendo um fenómeno psicológico, com manifestação individual, afinal o preconceito diz mais respeito às necessidades
do preconceituoso do que às características do seu objecto”. Ainda segundo o mesmo autor, é preciso reconhecer que o preconceito e a diferença existem para começar a superá-los.
Na década de 90, a partir da Declaração de Salamanca, as políticas de directrizes da Educação Especial começaram a mudar e passaram a ter subsídios na proposta da inclusão. Segundo a mesma Declaração, “Deve ser dada atenção especial à programação e desenvolvimento da educação de adultos e da educação permanente das pessoas com deficiência, as quais terão prioridade no acesso a estes programas. Devem elaborar-se também cursos especiais para satisfazer as necessidades dos diferentes grupos de adultos com deficiência”.








O que é a hipoterapia?


A hipoterapia é a utilização do cavalo para realização de actividades terapêuticas em pessoas com diversas problemáticas. Tem por objectivo ajudar a desenvolver capacidades físicas e psicológicas, através da relação com o cavalo. Esta prática proporciona uma melhor integração na sociedade e melhor qualidade de vida.

Os movimentos feitos pelo cavalo ao andar imprimem movimentos tridimensionais, que actuam sobre o cavaleiro produzindo efeitos benéficos na evolução ou desenvolvimento de capacidades. Os impulsos transmitidos pelo cavalo repercutem-se no cavaleiro e levam a melhorias a nível neuro-muscular.

Os benefícios da Equitação Terapêutica reportam-se de à 460 AC. Espalhou-se pela Europa, desde 1960, e nos Estados Unidos evoluiu através dos centros da NARHA (North American Riding for the Handicapped Association) e mais recentemente com AHA (American Hippotherapy Association).

Quantos tipos de hipoterapia existem?


- Equitação Adaptada – utiliza-se a equitação como um meio terapêutico. Aprende-se a montar, limpar cavalos, aparelhar, para desenvolver capacidades de autonomia do indivíduo. É utilizada essencialmente por pessoas com disfunções ligeiras a moderadas, que apresentam algumas capacidade de interacção com o meio.
- Equitação terapêutica - baseia-se na implementação de actividades terapêuticas que usam o cavalo em áreas como a saúde, a educação e a equitação। O seu objectivo passa por promover o desenvolvimento biológico, psicológico e social nas pessoas com necessidades especiais, melhorando funções neurológicas e sensoriais. Aqui, o ensino de técnicas de equitação não é o principal objectivo.

A quem se destina a Hipoterapia?

Pessoas que apresentem: Atrasos gerais no desenvolvimento neuropsicomotor; Atrasos mentais; Autismo; Desordens emocionais; Dificuldades de atenção, fala, aprendizagem e comunicação; Distrofia muscular; Distúrbios visuais e/ou auditivos; Epilepsia; Esclerose múltipla; Espinha bífida; Hiperactividade; Paralisias; Perda de mobilidade; Problemas de adaptação social; Reabilitação de acidentes; Reabilitação de doenças psicossomáticas; Síndrome de Down; Traumas craneo-encefálicos.

Quais os benefícios da Hipoterapia?

A Hipoterapia trás benefícios a nível físico, mental, social e emocional; O cavalo proporciona ao cavaleiros movimentos semelhante à marcha humana, que leva a melhorias a nível do equilíbrio, postura, controle motor, mobilidade.
Melhora a concentração, o processamento dos pensamentos, a habilidade para articular as emoções e orientação espacial. Proporciona uma boa relação entre o participante com o cavalo, instrutor, voluntários e demais técnicos envolvidos no processo. Ajuda também no desenvolvimento da confiança. Melhoria da circulação sanguínea e do funcionamento do sistema respiratório. Aumento da motivação e aprendizagem de novas competências. Desenvolvimento da flexibilidade do participante. Neste tipo de terapia, os indivíduos portadores de deficiência experienciam independência.

Quem não deve praticar Hipoterapia?

Pessoas que apresentem uma coluna instável, tumores na coluna, deslocamento na anca, deslocamento de vértebras, vertigens, etc

Quais os técnicos envolvidos?

A Hipoterapia pretende-se multidisciplinar, pelo que deve envolver fisioterapeutas, professores do ensino especial, pais e equitador. Antes do indivíduo iniciar esta terapia, tem de passar por uma bateria de testes médicos que aprovem o recurso à Hipoterapia.


Fonte: Helena Veiga "Licenciada em Psicopedagogia Curativa"

13/01/2011

Nutrição e Dietética

Algumas questões importantes sobre nutrição e dietética.(capitulo do livro de Seeley) "Anatomia e Fisiologia"


1 - Porque é que uma pessoa vegetariana tem de ter mais cuidado com a dieta do que uma pessoa que também consuma carne e peixe?

Carne e peixe: fonte de proteína animal.

Vegetarianos:
-Lácticos: leite e derivados;
-Ovo lácticos: ovos e lacticínios;
-Vegan: só alimentos de origem vegetal;

Proteínas: cadeias de aminoácidos.
 20 Essenciais (9);
- Não essenciais (11).

Essenciais não podem ser sintetizados pelo organismo a partir de outras moléculas (intermediários de metabolismo da glicose).

Tipo de proteínas:
- Proteínas completas: equilibrada, desequilibrada;
-Proteínas incompletas: aminoácidos (presença/ausência).

Um dos principais riscos da dieta puramente vegetariana (ao contrário da dieta lacto-ovo-vegetariana)  é uma desnutrição proteico-calórica, ou seja, a dificuldade em obter proteínas e calorias suficientes a uma vida saudável.
As calorias presentes nos vegetais e frutas, cerca de 30-50kcal por cada 100g,  são muito menores que as das carnes, em que cada 100g de carne tem cerca de 150 a 300 cal. No entanto, a dieta vegetariana até pode ser benéfica em termos calóricos, já que permite uma diminuição do peso corporal.
Já no que toca as proteínas, o caso revela-se mais sério. Por um lado, a maior parte dos ingredientes destas dietas contém muito menor quantidade de proteínas (1-2g em cada 100g), do que a alimentação à base de carne e peixe (15-20g de proteínas em 100g). Além disso, a maior parte das proteínas vegetais tem baixo valor biológico e algumas proteínas de origem vegetal são digeridas de forma incompleta pelo organismo humano. É fundamental ter o cuidado de incluir na dieta os aminoácidos essenciais (aminoácidos que o organismo humano é incapaz de produzir, podendo apenas ser obtidos pela dieta), já que enquanto a maioria das proteínas animais contém, geralmente, todos os aminoácidos essenciais, nas proteínas vegetais faltam um ou mais destes aminoácidos.

2 - Explique a razão pela qual uma pessoa que tenha níveis de cobre inferiores ao normal sente cansaço permanente?


Cobre - funções:
-Metabolismo do ferro;
-Formação de hemoglobina;
-Inactivação de radicais livres;
-O metabolismo de enzimas de cobres são dependentes estás catalisam reacções fisiológicas importante relacionadas com fosforilaçao (cadeias de transporte de electrões).

Cansaço:
-Formação de hemoglobina (transporte de oxigénio);
-Cadeias transportadora de electrões;

 O cobre é um componente de uma variedade de enzimas necessários para a produção de energia, a anti oxidação, a síntese da hormona adrenalina e a formação do tecido conjuntivo. A deficiência de cobre produz cansaço e uma baixa concentração deste elemento no sangue. A diminuição do número de glóbulos vermelhos (anemia), de glóbulos brancos (leucopenia) e de um tipo de glóbulos brancos denominados neutrófilos (neutropenia), assim como do cálcio nos ossos (osteoporose), é frequente. Também se produzem pequenas hemorragias puntiformes na pele e aneurismas arteriais. Tem como função: controlar a actividade enzimática que estimula a formação dos tecidos conectivos e dos pigmentos que protegem a pele e contribuir com a produção de hemoglobina.

3 - Muitas pessoas afirmam que o jejum ocasional, por pequenos períodos, pode ser saudável. Como é que o jejum pode ser prejudicial?

Dieta de jejum: Consiste em não comer nem beber (excepto agua) durante alguns dias até se aguentar.
-Como forma de defesa o metabolismo torna-se lento;
-A perda de peso não ocorre de forma gradual, a perda é a custa da eliminação de líquidos celulares e massa muscular.

Após a dieta, o organismo recupera e passa a aumentar o peso, mantendo uma reserva de energia, assim armazena gordura para prevenir um próximo jejum.

Os jejuns prolongados são prejudiciais e acarreta consequências como:
-Perda de massa muscular;
-Quebra drástica do metabolismo, para limitar ao gastos;
-Redução das funções imunitária;
-Risco de perda da massa óssea;
-Busca de cálcio a massa óssea, quando está em falta no metabolismo;
-Desequilíbrio do metabolismo devido a degradação do tecido muscular e má compensação energética;
-Alteração da memória, do sono, da atenção e concentração;
-Redução do aporte de nutrientes. 
O jejum também promove o desenvolvimento de cetonas, que podem ser prejudiciais para os órgãos do corpo que se acumulam no organismo. Os cetonas são compostos ácidos produzidos a partir da quebra incompleta de gorduras quando há ingestão de carboidrato insuficiente, e que pode perturbar o equilíbrio do organismo ácido base.

4 - Porque é que algumas pessoas perdem peso com uma dieta de 1200 quilo calorias por dia e outras não?
-Depende do organismo de cada pessoa (metabolismo basal);
-Regulação hormonal (tiróide,..)
-Efeitos térmicos dos alimentos (10% gasto de energia);
-Actividade muscular (actividade física e movimentos).

5 - Sabendo que a evaporação do suor provoca a perda de calorias, um estudante de anatomia e fisiologia, foi fazer sauna, com o objectivo de perder peso. Ele sabe que um litro de água pesa 1000g, que é o equivalente a 580000 cal. ou 580 Kcal de calor, quando perdido pela sudação. Em vez de, reduzir o aporte calórico diário em 580 Kcal, se ele perder um litro de água, pelo suor, todos os dias na sauna, pensa que perdera cerca de 453g de gordura por semana. Será que este processo resulta? Explique porquê. 

Não tem compensação em termo de perda de peso. A sauna traz benefícios no entanto, não faz emagrecer porque perdemos líquidos; de facto o calor faz-nos transpirar, mas não significa que se perca gordura, o que se perde são toxinas acumuladas no organismo. Para alem disso, os líquidos devem ser repostos no final de cada sessão, para não haver desidratação do organismo.

Em caso de utilização regular, a sauna pode:
-Fortalecer a circulação sanguínea;
-Aliviar as dores reumáticas e da coluna;
-Limpar e desobstruir a vias respiratórias:
- Desintoxicar e expulsar as impurezas do organismo;
-Socializar, caso partilha a sauna.



Bibliografia









Faltam licenciaturas em Educação Sénior

Fonte: Correio do Minho

Existem só duas licenciaturas em Educação Sénior a funcionar em Portugal, o que será insuficiente para aos desafios de um envelhecimento populacional. A constatação é de Ana Noronha, psicóloga e coordenadora da Licenciatura em Educação Sénior.

A responsável, que intervinha no 1.º Intercâmbio Institucional para a Promoção da Pessoa com Deficiência, quarta-feira, no Instituto de Estudos Superiores em Fafe, destacou o carácter abrangente da intervenção destes profissionais e a sua prontidão no diagnóstico das necessidades existentes na região.
Aludiu à fragilidade das respostas sociais para o envelhecimento da população em geral e para o envelhecimento dos portadores de deficiências. 

Intercâmbio institucional
O 1.º Intercâmbio Institucional para a Promoção da Pessoa com Deficiência foi organizado pelo núcleo de estágio da Licenciatura em Educação Sénior da Escola Superior de Educação de Fafe e contou com a participação da Cercigui (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças inadaptadas de Guimarães), da Fundação António Joaquim Gomes da Cunha, de Cabeceiras de Basto, e da Escola Superior de Educação de Fafe. 

O programa do evento decorreu em duas dimensões paralelas que se foram entrecruzando ao longo do dia: reuniões ao nível de dirigentes das instituições para avaliação de áreas de intervenção comuns e criação de sinergias entre as instituições e encontros com carácter informal dos alunos e educadores das três instituições envolvidas
Elementos das três instituições participaram numa visita às instalações do Instituto de Estudos Superiores de Fafe.

12/01/2011

Violência contra os idosos

FonteMaria José Ferros Hespanha



O aumento da esperança de vida tem vindo a criar situações em que os filhos e os outros familiares directos dos grandes idosos, também já são idosos, muitas vezes também estes já estão a precisar de apoio e não estão em condições de cuidar de outras pessoas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) teme que o aumento do número de idosos no mundo agrave as situações de violência relacionadas principalmente com a ruptura de laços tradicionais entre gerações e com o enfraquecimento dos sistemas de protecção social.
Prevê-se que o número de pessoas com mais de 60 anos duplique até 2025, passando de 542 milhões em 1995 para 1 200 milhões nessa data, dos quais 850 milhões em países em desenvolvimento onde a preocupação fundamental é com a força trabalho activa e não com a força de trabalho já consumida, como é o caso dos idosos.
Segundo a OMS, apenas 30% dos idosos do mundo inteiro estão actualmente a receber pensões de reforma ou subsídios de velhice e invalidez, o que torna muito precárias as suas condições de existência e os expõe a riscos acrescidos de violência; uma violência que tanto pode ser exercida em ambiente familiar como institucional ou social.

A violência na família pode ter diversas causas e assumir um carácter mais ou menos explícito. Assim, ela pode ser motivada pela apropriação, não desejada, dos bens do idoso pelos seus familiares, levando a uma perda de autonomia e de poder do idoso; pela desresponsabilização dos familiares pelos cuidados de sobrevivência do idoso, deixando este abandonado; ou pela reversão das funções de autoridade dentro da família, passando o idoso a ser comandado por alguém de uma geração mais nova a quem terá de obedecer. Trata-se, em geral, de manifestações de uma violência mais simbólica e psicológica do que física, mas nem por isso menos marcante e efectiva.

Nas instituições a violência torna-se, muitas vezes, mais aparente devido ao maior distanciamento afectivo, à impessoalidade dos cuidados e a um regime disciplinar demasiado apertado e rígido. A situação agrava-se sempre que as instituições sofrem de falta de recursos – o que parece ser a regra -, e não conseguem satisfazer as necessidades dos idosos que elas acolhem. O reflexo da falta de recursos evidencia-se na impreparação e na falta de estímulo das pessoas que nelas prestam os cuidados aos idosos e na própria baixa qualidade dos serviços prestados. Daí a imagem negativa que muitos idosos têm das instituições e a violência que representa, nesses casos, a falta de alternativas à sua institucionalização. 

De uma forma geral a sociedade tolera - e, por isso, torna-se cúmplice - do abandono, da falta de respeito e da degradação da condição social dos idosos, contribuindo assim para a difusão de uma cultura de violência (decerto camuflada) contra aqueles que não se integram nos novos padrões sociais de beleza, dinheiro e consumo. A comunicação social, designadamente a televisão tão apreciada pelos idosos, cumpre um papel fundamental no exacerbamento destes valores: nos anúncios raramente aparecem idosos, os bens de consumo anunciados raramente lhes são acessíveis e a toda a hora são enfatizados os valores da juventude.

A marginalização dos idosos e a violência simbólica que contra eles é exercida operam através de processos complexos e nem sempre visíveis. Um desses processos é de natureza comunicacional. Sabe-se como, com o passar dos anos, as pessoas vão adquirindo competências culturais, linguísticas, verbais e gestuais profundamente radicadas nos contextos sociais em que a sua vida se desenrola — família, trabalho, comunidade, lazer — e assumindo diferentes modos de se exprimirem. Ignorar estes factos ou exigir que os idosos se comportem e comuniquem de acordo com os modelos actualizados é uma forma de exercício de violência simbólica, que muitas vezes dificulta as relações inter-geracionais e conduz à exclusão dos idosos da vida familiar e social.

Perante um idoso, é forçoso ter sempre presente que se trata de uma pessoa diminuída nas suas capacidades de reacção e adaptação ao meio e às agressões da vida: as suas reacções são mais lentas e os reequilíbrios do organismo precisam de mais tempo para se recuperarem, ao mesmo tempo que se  começam a desvanecer os ideais de juventude, vive-se o dia a dia com desânimo e deixa-se instalar facilmente a rotina.

O processo natural do envelhecimento também favorece a marginalização, mas é importante reconhecer que não foi sempre assim. No passado, o envelhecimento era valorizado pela sabedoria de vida que traz associada. Em geral, os idosos convivem com uma sensação desconfortável de “perda” e de “luto” numa sucessão demasiado rápida, que significa também a proximidade do seu próprio fim (Stevenson, 1989). Qualquer que seja, porém, a importância do fenómeno biológico do envelhecimento, o que importa acentuar aqui é que, na grande maioria dos casos, as diferenças notórias com que deparamos entre pessoas da mesma idade se devem sobretudo a factores externos, de ordem social, que foram actuando ao longo do tempo (como o regime alimentar, a natureza do trabalho, a instrução, a vida familiar e profissional, as condições de habitação). É assim que, na mesma população, alguns indivíduos têm o seu processo de envelhecimento acelerado, pelo sobreconsumo do seu próprio corpo, enquanto que outros puderam defender-se, preservando a sua saúde e, retardando, deste modo, o seu envelhecimento.

Como se referiu, esta desvalorização social dos idosos contrasta com a riqueza de conhecimentos e de experiências que eles foram acumulando ao longo da sua vida. Só que este conhecimento e esta experiência que se aprende fazendo e se transmite porque se sabe, dificilmente consegue competir com o conhecimento adquirido pela formação escolar quando se trata de dar resposta às necessidades profissionais e à procura do mercado de trabalho.
Os idosos são, em geral, bons contadores de histórias e gostam de falar do passado e de contar em pormenor as suas vivências; mesmo  tendo um ritmo de vida mais lento, gostam de encontrar interlocutores atentos para partilhar as suas experiências. Contudo, nas sociedades industrializadas a maioria das pessoas em idade activa trabalham fora de casa e lutam para sobreviver, restando-lhes, assim, pouco tempo para se dedicarem aos idosos. Por isso, muitos idosos se queixam da solidão em que são deixados durante o dia e lamentam o pouco convívio que têm com os filhos e netos, não sendo raro dizerem ter tanto para ensinar e ninguém para lhes dar ouvidos.

O ritmo de vida e as regras de conduta impostas pelas sociedades contemporâneas representam um outro factor de marginalização e de exercício de violência simbólica sobre os idosos. Estes têm de respeitar as restrições e as proibições que permitem viver nestas sociedades. Esta nova disciplina tanto opera no seio das famílias, como nas instituições e na sociedade em geral deixando um rasto de constrangimentos e de violência bem visíveis. Não cremos ser fácil mudar essa tendência, inverter o sentido da evolução social. No entanto, o reconhecimento desta realidade torna-se muito importante para melhorar a auto-estima dos idosos. Assim, pequenas mudanças de atitude, como por exemplo substituir a expressão “não faça isto” por “passe a fazer antes isto”, ou “passe a fazer desta forma porque se vai sentir melhor" marcam a diferença. O mesmo com a tendência para se infantilizarem os idosos - por exemplo, utilizando muitos diminutivos na comunicação com eles – o que lhes diminui importância e os torna menos confiantes em si próprios.
Como estes existem muitos mais exemplos do que se pode fazer e do que se deve evitar. Retenhamos alguns.
Com o passar dos anos a capacidade auditiva dos idosos também diminui e se não estivermos atentos a isso eles facilmente são excluídos dos espaços de convívio, por isso aumentar um pouco o som da televisão e da radio, ter o cuidado de falar um pouco mais alto e de frente para a pessoa facultando-lhe além do som a mímica facial, pode funcionar como um meio de inclusão nos espaços de convívio. O mesmo se passa em relação à visão que também vai diminuindo, por isso os idosos devem estar em espaços bem iluminados e com uma relação de proximidade com as coisas que querem observar, quando isto não acontece podem desmotivar-se e começar a preferir estar em locais pouco iluminados onde pensam passar despercebidos.
O ritmo do sono também se modifica com o avançar dos anos, os idosos gostam de se deitar cedo e como não necessitam de dormir muitas horas também acordam muito cedo. É importante que as pessoas que convivem com eles não achem este facto estranho não estabeleçam comparação com as outras pessoas da casa e não se mostrem incomodados com isso, pelo contrário,  devem entusiasmá-los para que se levantem quando já não querem dormir mais, comecem a sua higiene diária, tomem a primeira refeição da manhã e comecem a desempenhar algumas tarefas. Frequentemente os idosos se queixam de que passam muito tempo na cama acordados e a pensar na triste vida que têm.


Os idosos com o avançar da idade começam a apresentar queixas físicas, são em geral consumidores de vários medicamentos em simultâneo e precisam frequentemente de ser ajudados para não errarem a forma como os medicamentos devem ser administrados. Não podemos esquecer que eles eliminam as drogas com mais lentidão do que os adultos e estão muitas vezes sujeitos a intoxicações medicamentosas.

O que se pode retirar destas situações, é que deve ser dada maior atenção às condições e aos contextos em que se gere violência e assumir a defesa dos idosos, com base numa solidariedade inter-geracional consciente e sem reservas.