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15/01/2011

A Deficiência através da História

Durante muitos anos, acreditou-se que todo aquele que fosse”diferente”, era contra natura, ou seja, não era aceite pela sociedade. Segundo Aranha (1995), “as pessoas portadoras de deficiências não podiam ser educadas, sendo mesmo consideradas pela sociedade como aberrações da natureza. Estes eram consequentemente associados à imagem do diabo e a actos de feitiçaria por serem diferentes dos restantes membros da sociedade” e continua, “com ou sem intenção, a ‘marginalização’ da pessoa com deficiência existia e estava muitas vezes ligada à ideia de que as deficiências físicas/mentais e doenças eram causadas por espíritos maus, demónios ou uma forma da pessoa pagar por pecados cometidos, indicando certo grau de impureza e pecado e de uma certa maneira justificando o fato de serem apenas tolerados pela sociedade, o que reforçava a prática da marginalização, restando aos deficientes o destino de esmolar nas ruas e praças”.
Sabe-se que nesta mesma época, era comum o extermínio de crianças que nascessem deficientes. Segundo Goldfeld (1997), “Existem relatos a respeito do tratamento que era dado a essas pessoas. Não havia nenhuma preocupação com a educação ou qualquer outra forma de socializar as pessoas deficientes. Por volta de 335 d.C. aparecem importantes filósofos, como Aristóteles, que acreditava que o pensamento era desenvolvido por meio da linguagem e da mesma com a fala, e por isso afirmava que o “surdo não pensa, não pode ser
Considerado humano”.
Neste contexto, a Prof. Maria Ângela de Oliveira, é mais categórica ao afirmar “ a infortunada criança era prontamente asfixiada ou tinha sua garganta cortada ou era lançada de um precipício para dentro das ondas. Era uma traição poupar uma criatura de quem a nação nada poderia esperar” (Lane e Philip,”The deaf experience”, 1984.
Foram variados os períodos em que estas pessoas foram classificadas de incapazes, não podendo participar de qualquer tipo de vida “normal” como quaisquer as outras pessoas da comunidade.
As perseguições, os julgamentos e até mesmo as mortes foram, na Idade Média, a forma “mais eficaz” de resolver estes problemas.
Com o avanço do Cristianismo, a visão de homem modificou-se para um ser racional, que era a criação e manifestação de Deus e, os deficientes passaram a ser vistos como merecedores de cuidados. Desta forma, a pessoa com deficiência, mesmo que não produtiva,  adquire status de humano e possuidor de alma. Nesse sentido, atitudes de exterminação não são mais consideradas como aceitáveis e os cuidados com a pessoa com deficiência passam a ser assegurados pela família e a igreja, mesmo que tais cuidados não garantam, ainda, a integração do deficiente nessas instituições e na sociedade de forma geral. Dessa maneira, havia abrigos para as pessoas desprotegidas e doentes de toda espécie. No entanto, ainda havia pouco respeito para com essas pessoas, que permaneciam à margem da sociedade (Aranha 1995). Ainda segundo o mesmo autor, “foi com o avanço da medicina que é favorecida uma leitura organicista da deficiência, ou seja, não é mais tão privilegiada a visão da deficiência como problema teológico e/ou moral, mas como um problema médico, favorecendo assim uma visão científica da questão”. Foi no Século XIX, com a Revolução Industrial e o modo de produção capitalista, que valorizava o potencial produtivo das pessoas, que houve a necessidade de estruturação de sistemas nacionais de ensino e escolarização para a população potencialmente produtiva da época, o que podemos chamar de ‘momento da educação’. Neste contexto, era necessário formar cidadãos produtivos visando o aumento de mão-de-obra para a produção. Foi, neste período, que houve uma atitude de maior responsabilidade pública pelas necessidades do deficiente, pois estes começam a ser vistos como potencialmente capazes de executar tarefas nas indústrias. Segundo Mazzotta (1999), isto só ocorreu porque o contexto social, cultural e político deste dado momento histórico estava favorável, no sentido de necessitar que as pessoas com deficiência aproveitassem seu potencial produtivo. É neste período que ocorre uma superação da visão de deficiência como doença, para uma visão de estado ou condição do sujeito.
Desta forma, a partir da segunda metade do século XIX, houve uma grande preocupação com o potencial para o trabalho da pessoa com deficiência, o que contribuiu com a criação de várias organizações até hoje existentes com esta finalidade. Assim, observa-se um período voltado para a educação da pessoa com deficiência em que novas técnicas, adaptações e programas de ensino foram estabelecidos e mantidos até os tempos actuais, embora em processos de aperfeiçoamento. Segundo Sassaki “a integração social, está baseada em um modelo médico da deficiência, em que esta é considerada como um problema da pessoa, sendo o deficiente quem precisa ser tratado e reabilitado para se adequar à sociedade como ela é. A ideia de integração social surgiu como uma alternativa frente à prática de exclusão social a que a pessoa com deficiência viu-se submetida ao longo dos tempos”. A integração social foi, reconhecidamente, uma prática que inseria a pessoa com deficiência na sociedade. No entanto, e segundo o mesmo autor, “isto só ocorria nos casos em que o deficiente estivesse de alguma forma capacitado a superar as barreiras físicas, programáticas e atitudinais nela existentes”.
A partir do séc. XX, os portadores de deficiências passam a ser vistos como cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade, mas sob uma óptica assistencial e caritativa.
A primeira directriz política dessa nova visão aparece em 1948 com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. "Todo ser humano tem direito à educação” (Artigo 26.º).
A partir de então, vários foram os progressos que se fizeram nesse mesmo sentido, até que nos encontramos, actualmente, perante uma mentalidade muito mais aberta e justa.
O termo “deficiente” era até recentemente, vulgarmente aplicado a pessoas portadoras de deficiência, porém, esta expressão transporta uma forte carga negativa e depreciativa da pessoa, pelo que, ao longo dos anos, foi cada vez mais rejeitada pelos especialistas da área e, em especial, pelos próprios portadores.
Actualmente, a palavra é considerada como inadequada e estimuladora do preconceito a respeito do valor integral da pessoa. Deste modo, tem vindo a ser substituída pela expressão: “pessoa especial”ou “pessoa com necessidades especiais”, contudo, o preconceito social que existe com relação à pessoa com deficiência é um problema da sociedade que estigmatiza, mas também um problema individual.
Crochik (1995),  refere que o” preconceito surge no processo de socialização, sendo um fenómeno psicológico, com manifestação individual, afinal o preconceito diz mais respeito às necessidades
do preconceituoso do que às características do seu objecto”. Ainda segundo o mesmo autor, é preciso reconhecer que o preconceito e a diferença existem para começar a superá-los.
Na década de 90, a partir da Declaração de Salamanca, as políticas de directrizes da Educação Especial começaram a mudar e passaram a ter subsídios na proposta da inclusão. Segundo a mesma Declaração, “Deve ser dada atenção especial à programação e desenvolvimento da educação de adultos e da educação permanente das pessoas com deficiência, as quais terão prioridade no acesso a estes programas. Devem elaborar-se também cursos especiais para satisfazer as necessidades dos diferentes grupos de adultos com deficiência”.








O que é a hipoterapia?


A hipoterapia é a utilização do cavalo para realização de actividades terapêuticas em pessoas com diversas problemáticas. Tem por objectivo ajudar a desenvolver capacidades físicas e psicológicas, através da relação com o cavalo. Esta prática proporciona uma melhor integração na sociedade e melhor qualidade de vida.

Os movimentos feitos pelo cavalo ao andar imprimem movimentos tridimensionais, que actuam sobre o cavaleiro produzindo efeitos benéficos na evolução ou desenvolvimento de capacidades. Os impulsos transmitidos pelo cavalo repercutem-se no cavaleiro e levam a melhorias a nível neuro-muscular.

Os benefícios da Equitação Terapêutica reportam-se de à 460 AC. Espalhou-se pela Europa, desde 1960, e nos Estados Unidos evoluiu através dos centros da NARHA (North American Riding for the Handicapped Association) e mais recentemente com AHA (American Hippotherapy Association).

Quantos tipos de hipoterapia existem?


- Equitação Adaptada – utiliza-se a equitação como um meio terapêutico. Aprende-se a montar, limpar cavalos, aparelhar, para desenvolver capacidades de autonomia do indivíduo. É utilizada essencialmente por pessoas com disfunções ligeiras a moderadas, que apresentam algumas capacidade de interacção com o meio.
- Equitação terapêutica - baseia-se na implementação de actividades terapêuticas que usam o cavalo em áreas como a saúde, a educação e a equitação। O seu objectivo passa por promover o desenvolvimento biológico, psicológico e social nas pessoas com necessidades especiais, melhorando funções neurológicas e sensoriais. Aqui, o ensino de técnicas de equitação não é o principal objectivo.

A quem se destina a Hipoterapia?

Pessoas que apresentem: Atrasos gerais no desenvolvimento neuropsicomotor; Atrasos mentais; Autismo; Desordens emocionais; Dificuldades de atenção, fala, aprendizagem e comunicação; Distrofia muscular; Distúrbios visuais e/ou auditivos; Epilepsia; Esclerose múltipla; Espinha bífida; Hiperactividade; Paralisias; Perda de mobilidade; Problemas de adaptação social; Reabilitação de acidentes; Reabilitação de doenças psicossomáticas; Síndrome de Down; Traumas craneo-encefálicos.

Quais os benefícios da Hipoterapia?

A Hipoterapia trás benefícios a nível físico, mental, social e emocional; O cavalo proporciona ao cavaleiros movimentos semelhante à marcha humana, que leva a melhorias a nível do equilíbrio, postura, controle motor, mobilidade.
Melhora a concentração, o processamento dos pensamentos, a habilidade para articular as emoções e orientação espacial. Proporciona uma boa relação entre o participante com o cavalo, instrutor, voluntários e demais técnicos envolvidos no processo. Ajuda também no desenvolvimento da confiança. Melhoria da circulação sanguínea e do funcionamento do sistema respiratório. Aumento da motivação e aprendizagem de novas competências. Desenvolvimento da flexibilidade do participante. Neste tipo de terapia, os indivíduos portadores de deficiência experienciam independência.

Quem não deve praticar Hipoterapia?

Pessoas que apresentem uma coluna instável, tumores na coluna, deslocamento na anca, deslocamento de vértebras, vertigens, etc

Quais os técnicos envolvidos?

A Hipoterapia pretende-se multidisciplinar, pelo que deve envolver fisioterapeutas, professores do ensino especial, pais e equitador. Antes do indivíduo iniciar esta terapia, tem de passar por uma bateria de testes médicos que aprovem o recurso à Hipoterapia.


Fonte: Helena Veiga "Licenciada em Psicopedagogia Curativa"

13/01/2011

Nutrição e Dietética

Algumas questões importantes sobre nutrição e dietética.(capitulo do livro de Seeley) "Anatomia e Fisiologia"


1 - Porque é que uma pessoa vegetariana tem de ter mais cuidado com a dieta do que uma pessoa que também consuma carne e peixe?

Carne e peixe: fonte de proteína animal.

Vegetarianos:
-Lácticos: leite e derivados;
-Ovo lácticos: ovos e lacticínios;
-Vegan: só alimentos de origem vegetal;

Proteínas: cadeias de aminoácidos.
 20 Essenciais (9);
- Não essenciais (11).

Essenciais não podem ser sintetizados pelo organismo a partir de outras moléculas (intermediários de metabolismo da glicose).

Tipo de proteínas:
- Proteínas completas: equilibrada, desequilibrada;
-Proteínas incompletas: aminoácidos (presença/ausência).

Um dos principais riscos da dieta puramente vegetariana (ao contrário da dieta lacto-ovo-vegetariana)  é uma desnutrição proteico-calórica, ou seja, a dificuldade em obter proteínas e calorias suficientes a uma vida saudável.
As calorias presentes nos vegetais e frutas, cerca de 30-50kcal por cada 100g,  são muito menores que as das carnes, em que cada 100g de carne tem cerca de 150 a 300 cal. No entanto, a dieta vegetariana até pode ser benéfica em termos calóricos, já que permite uma diminuição do peso corporal.
Já no que toca as proteínas, o caso revela-se mais sério. Por um lado, a maior parte dos ingredientes destas dietas contém muito menor quantidade de proteínas (1-2g em cada 100g), do que a alimentação à base de carne e peixe (15-20g de proteínas em 100g). Além disso, a maior parte das proteínas vegetais tem baixo valor biológico e algumas proteínas de origem vegetal são digeridas de forma incompleta pelo organismo humano. É fundamental ter o cuidado de incluir na dieta os aminoácidos essenciais (aminoácidos que o organismo humano é incapaz de produzir, podendo apenas ser obtidos pela dieta), já que enquanto a maioria das proteínas animais contém, geralmente, todos os aminoácidos essenciais, nas proteínas vegetais faltam um ou mais destes aminoácidos.

2 - Explique a razão pela qual uma pessoa que tenha níveis de cobre inferiores ao normal sente cansaço permanente?


Cobre - funções:
-Metabolismo do ferro;
-Formação de hemoglobina;
-Inactivação de radicais livres;
-O metabolismo de enzimas de cobres são dependentes estás catalisam reacções fisiológicas importante relacionadas com fosforilaçao (cadeias de transporte de electrões).

Cansaço:
-Formação de hemoglobina (transporte de oxigénio);
-Cadeias transportadora de electrões;

 O cobre é um componente de uma variedade de enzimas necessários para a produção de energia, a anti oxidação, a síntese da hormona adrenalina e a formação do tecido conjuntivo. A deficiência de cobre produz cansaço e uma baixa concentração deste elemento no sangue. A diminuição do número de glóbulos vermelhos (anemia), de glóbulos brancos (leucopenia) e de um tipo de glóbulos brancos denominados neutrófilos (neutropenia), assim como do cálcio nos ossos (osteoporose), é frequente. Também se produzem pequenas hemorragias puntiformes na pele e aneurismas arteriais. Tem como função: controlar a actividade enzimática que estimula a formação dos tecidos conectivos e dos pigmentos que protegem a pele e contribuir com a produção de hemoglobina.

3 - Muitas pessoas afirmam que o jejum ocasional, por pequenos períodos, pode ser saudável. Como é que o jejum pode ser prejudicial?

Dieta de jejum: Consiste em não comer nem beber (excepto agua) durante alguns dias até se aguentar.
-Como forma de defesa o metabolismo torna-se lento;
-A perda de peso não ocorre de forma gradual, a perda é a custa da eliminação de líquidos celulares e massa muscular.

Após a dieta, o organismo recupera e passa a aumentar o peso, mantendo uma reserva de energia, assim armazena gordura para prevenir um próximo jejum.

Os jejuns prolongados são prejudiciais e acarreta consequências como:
-Perda de massa muscular;
-Quebra drástica do metabolismo, para limitar ao gastos;
-Redução das funções imunitária;
-Risco de perda da massa óssea;
-Busca de cálcio a massa óssea, quando está em falta no metabolismo;
-Desequilíbrio do metabolismo devido a degradação do tecido muscular e má compensação energética;
-Alteração da memória, do sono, da atenção e concentração;
-Redução do aporte de nutrientes. 
O jejum também promove o desenvolvimento de cetonas, que podem ser prejudiciais para os órgãos do corpo que se acumulam no organismo. Os cetonas são compostos ácidos produzidos a partir da quebra incompleta de gorduras quando há ingestão de carboidrato insuficiente, e que pode perturbar o equilíbrio do organismo ácido base.

4 - Porque é que algumas pessoas perdem peso com uma dieta de 1200 quilo calorias por dia e outras não?
-Depende do organismo de cada pessoa (metabolismo basal);
-Regulação hormonal (tiróide,..)
-Efeitos térmicos dos alimentos (10% gasto de energia);
-Actividade muscular (actividade física e movimentos).

5 - Sabendo que a evaporação do suor provoca a perda de calorias, um estudante de anatomia e fisiologia, foi fazer sauna, com o objectivo de perder peso. Ele sabe que um litro de água pesa 1000g, que é o equivalente a 580000 cal. ou 580 Kcal de calor, quando perdido pela sudação. Em vez de, reduzir o aporte calórico diário em 580 Kcal, se ele perder um litro de água, pelo suor, todos os dias na sauna, pensa que perdera cerca de 453g de gordura por semana. Será que este processo resulta? Explique porquê. 

Não tem compensação em termo de perda de peso. A sauna traz benefícios no entanto, não faz emagrecer porque perdemos líquidos; de facto o calor faz-nos transpirar, mas não significa que se perca gordura, o que se perde são toxinas acumuladas no organismo. Para alem disso, os líquidos devem ser repostos no final de cada sessão, para não haver desidratação do organismo.

Em caso de utilização regular, a sauna pode:
-Fortalecer a circulação sanguínea;
-Aliviar as dores reumáticas e da coluna;
-Limpar e desobstruir a vias respiratórias:
- Desintoxicar e expulsar as impurezas do organismo;
-Socializar, caso partilha a sauna.



Bibliografia









Faltam licenciaturas em Educação Sénior

Fonte: Correio do Minho

Existem só duas licenciaturas em Educação Sénior a funcionar em Portugal, o que será insuficiente para aos desafios de um envelhecimento populacional. A constatação é de Ana Noronha, psicóloga e coordenadora da Licenciatura em Educação Sénior.

A responsável, que intervinha no 1.º Intercâmbio Institucional para a Promoção da Pessoa com Deficiência, quarta-feira, no Instituto de Estudos Superiores em Fafe, destacou o carácter abrangente da intervenção destes profissionais e a sua prontidão no diagnóstico das necessidades existentes na região.
Aludiu à fragilidade das respostas sociais para o envelhecimento da população em geral e para o envelhecimento dos portadores de deficiências. 

Intercâmbio institucional
O 1.º Intercâmbio Institucional para a Promoção da Pessoa com Deficiência foi organizado pelo núcleo de estágio da Licenciatura em Educação Sénior da Escola Superior de Educação de Fafe e contou com a participação da Cercigui (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças inadaptadas de Guimarães), da Fundação António Joaquim Gomes da Cunha, de Cabeceiras de Basto, e da Escola Superior de Educação de Fafe. 

O programa do evento decorreu em duas dimensões paralelas que se foram entrecruzando ao longo do dia: reuniões ao nível de dirigentes das instituições para avaliação de áreas de intervenção comuns e criação de sinergias entre as instituições e encontros com carácter informal dos alunos e educadores das três instituições envolvidas
Elementos das três instituições participaram numa visita às instalações do Instituto de Estudos Superiores de Fafe.

12/01/2011

Violência contra os idosos

FonteMaria José Ferros Hespanha



O aumento da esperança de vida tem vindo a criar situações em que os filhos e os outros familiares directos dos grandes idosos, também já são idosos, muitas vezes também estes já estão a precisar de apoio e não estão em condições de cuidar de outras pessoas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) teme que o aumento do número de idosos no mundo agrave as situações de violência relacionadas principalmente com a ruptura de laços tradicionais entre gerações e com o enfraquecimento dos sistemas de protecção social.
Prevê-se que o número de pessoas com mais de 60 anos duplique até 2025, passando de 542 milhões em 1995 para 1 200 milhões nessa data, dos quais 850 milhões em países em desenvolvimento onde a preocupação fundamental é com a força trabalho activa e não com a força de trabalho já consumida, como é o caso dos idosos.
Segundo a OMS, apenas 30% dos idosos do mundo inteiro estão actualmente a receber pensões de reforma ou subsídios de velhice e invalidez, o que torna muito precárias as suas condições de existência e os expõe a riscos acrescidos de violência; uma violência que tanto pode ser exercida em ambiente familiar como institucional ou social.

A violência na família pode ter diversas causas e assumir um carácter mais ou menos explícito. Assim, ela pode ser motivada pela apropriação, não desejada, dos bens do idoso pelos seus familiares, levando a uma perda de autonomia e de poder do idoso; pela desresponsabilização dos familiares pelos cuidados de sobrevivência do idoso, deixando este abandonado; ou pela reversão das funções de autoridade dentro da família, passando o idoso a ser comandado por alguém de uma geração mais nova a quem terá de obedecer. Trata-se, em geral, de manifestações de uma violência mais simbólica e psicológica do que física, mas nem por isso menos marcante e efectiva.

Nas instituições a violência torna-se, muitas vezes, mais aparente devido ao maior distanciamento afectivo, à impessoalidade dos cuidados e a um regime disciplinar demasiado apertado e rígido. A situação agrava-se sempre que as instituições sofrem de falta de recursos – o que parece ser a regra -, e não conseguem satisfazer as necessidades dos idosos que elas acolhem. O reflexo da falta de recursos evidencia-se na impreparação e na falta de estímulo das pessoas que nelas prestam os cuidados aos idosos e na própria baixa qualidade dos serviços prestados. Daí a imagem negativa que muitos idosos têm das instituições e a violência que representa, nesses casos, a falta de alternativas à sua institucionalização. 

De uma forma geral a sociedade tolera - e, por isso, torna-se cúmplice - do abandono, da falta de respeito e da degradação da condição social dos idosos, contribuindo assim para a difusão de uma cultura de violência (decerto camuflada) contra aqueles que não se integram nos novos padrões sociais de beleza, dinheiro e consumo. A comunicação social, designadamente a televisão tão apreciada pelos idosos, cumpre um papel fundamental no exacerbamento destes valores: nos anúncios raramente aparecem idosos, os bens de consumo anunciados raramente lhes são acessíveis e a toda a hora são enfatizados os valores da juventude.

A marginalização dos idosos e a violência simbólica que contra eles é exercida operam através de processos complexos e nem sempre visíveis. Um desses processos é de natureza comunicacional. Sabe-se como, com o passar dos anos, as pessoas vão adquirindo competências culturais, linguísticas, verbais e gestuais profundamente radicadas nos contextos sociais em que a sua vida se desenrola — família, trabalho, comunidade, lazer — e assumindo diferentes modos de se exprimirem. Ignorar estes factos ou exigir que os idosos se comportem e comuniquem de acordo com os modelos actualizados é uma forma de exercício de violência simbólica, que muitas vezes dificulta as relações inter-geracionais e conduz à exclusão dos idosos da vida familiar e social.

Perante um idoso, é forçoso ter sempre presente que se trata de uma pessoa diminuída nas suas capacidades de reacção e adaptação ao meio e às agressões da vida: as suas reacções são mais lentas e os reequilíbrios do organismo precisam de mais tempo para se recuperarem, ao mesmo tempo que se  começam a desvanecer os ideais de juventude, vive-se o dia a dia com desânimo e deixa-se instalar facilmente a rotina.

O processo natural do envelhecimento também favorece a marginalização, mas é importante reconhecer que não foi sempre assim. No passado, o envelhecimento era valorizado pela sabedoria de vida que traz associada. Em geral, os idosos convivem com uma sensação desconfortável de “perda” e de “luto” numa sucessão demasiado rápida, que significa também a proximidade do seu próprio fim (Stevenson, 1989). Qualquer que seja, porém, a importância do fenómeno biológico do envelhecimento, o que importa acentuar aqui é que, na grande maioria dos casos, as diferenças notórias com que deparamos entre pessoas da mesma idade se devem sobretudo a factores externos, de ordem social, que foram actuando ao longo do tempo (como o regime alimentar, a natureza do trabalho, a instrução, a vida familiar e profissional, as condições de habitação). É assim que, na mesma população, alguns indivíduos têm o seu processo de envelhecimento acelerado, pelo sobreconsumo do seu próprio corpo, enquanto que outros puderam defender-se, preservando a sua saúde e, retardando, deste modo, o seu envelhecimento.

Como se referiu, esta desvalorização social dos idosos contrasta com a riqueza de conhecimentos e de experiências que eles foram acumulando ao longo da sua vida. Só que este conhecimento e esta experiência que se aprende fazendo e se transmite porque se sabe, dificilmente consegue competir com o conhecimento adquirido pela formação escolar quando se trata de dar resposta às necessidades profissionais e à procura do mercado de trabalho.
Os idosos são, em geral, bons contadores de histórias e gostam de falar do passado e de contar em pormenor as suas vivências; mesmo  tendo um ritmo de vida mais lento, gostam de encontrar interlocutores atentos para partilhar as suas experiências. Contudo, nas sociedades industrializadas a maioria das pessoas em idade activa trabalham fora de casa e lutam para sobreviver, restando-lhes, assim, pouco tempo para se dedicarem aos idosos. Por isso, muitos idosos se queixam da solidão em que são deixados durante o dia e lamentam o pouco convívio que têm com os filhos e netos, não sendo raro dizerem ter tanto para ensinar e ninguém para lhes dar ouvidos.

O ritmo de vida e as regras de conduta impostas pelas sociedades contemporâneas representam um outro factor de marginalização e de exercício de violência simbólica sobre os idosos. Estes têm de respeitar as restrições e as proibições que permitem viver nestas sociedades. Esta nova disciplina tanto opera no seio das famílias, como nas instituições e na sociedade em geral deixando um rasto de constrangimentos e de violência bem visíveis. Não cremos ser fácil mudar essa tendência, inverter o sentido da evolução social. No entanto, o reconhecimento desta realidade torna-se muito importante para melhorar a auto-estima dos idosos. Assim, pequenas mudanças de atitude, como por exemplo substituir a expressão “não faça isto” por “passe a fazer antes isto”, ou “passe a fazer desta forma porque se vai sentir melhor" marcam a diferença. O mesmo com a tendência para se infantilizarem os idosos - por exemplo, utilizando muitos diminutivos na comunicação com eles – o que lhes diminui importância e os torna menos confiantes em si próprios.
Como estes existem muitos mais exemplos do que se pode fazer e do que se deve evitar. Retenhamos alguns.
Com o passar dos anos a capacidade auditiva dos idosos também diminui e se não estivermos atentos a isso eles facilmente são excluídos dos espaços de convívio, por isso aumentar um pouco o som da televisão e da radio, ter o cuidado de falar um pouco mais alto e de frente para a pessoa facultando-lhe além do som a mímica facial, pode funcionar como um meio de inclusão nos espaços de convívio. O mesmo se passa em relação à visão que também vai diminuindo, por isso os idosos devem estar em espaços bem iluminados e com uma relação de proximidade com as coisas que querem observar, quando isto não acontece podem desmotivar-se e começar a preferir estar em locais pouco iluminados onde pensam passar despercebidos.
O ritmo do sono também se modifica com o avançar dos anos, os idosos gostam de se deitar cedo e como não necessitam de dormir muitas horas também acordam muito cedo. É importante que as pessoas que convivem com eles não achem este facto estranho não estabeleçam comparação com as outras pessoas da casa e não se mostrem incomodados com isso, pelo contrário,  devem entusiasmá-los para que se levantem quando já não querem dormir mais, comecem a sua higiene diária, tomem a primeira refeição da manhã e comecem a desempenhar algumas tarefas. Frequentemente os idosos se queixam de que passam muito tempo na cama acordados e a pensar na triste vida que têm.


Os idosos com o avançar da idade começam a apresentar queixas físicas, são em geral consumidores de vários medicamentos em simultâneo e precisam frequentemente de ser ajudados para não errarem a forma como os medicamentos devem ser administrados. Não podemos esquecer que eles eliminam as drogas com mais lentidão do que os adultos e estão muitas vezes sujeitos a intoxicações medicamentosas.

O que se pode retirar destas situações, é que deve ser dada maior atenção às condições e aos contextos em que se gere violência e assumir a defesa dos idosos, com base numa solidariedade inter-geracional consciente e sem reservas.

Grande Reportagem SIC | «A lucidez da loucura» Parte 3

Grande Reportagem SIC | «A lucidez da loucura» Parte 2

Grande Reportagem SIC | «A lucidez da loucura» Parte 1

Deficientes contam com um apoio de 254 milhões

Fonte: Carla Soares, in Jornal de Notícias



São 254 milhões de euros de financiamento público já atribuídos a projectos de apoio aos deficientes, seja para integração no mercado de trabalho, acessibilidades ou equipamentos. E há 16 mil pessoas envolvidas em acções de orientação e formação profissional.

Na área da deficiência e reabilitação, já foram aprovados 254 milhões de euros à luz do financiamento comunitário, disse, ao JN, Rui Fiolhais, gestor do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), que faz um balanço positivo a propósito do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que hoje, sexta-feira, se assinala.

O apoio a pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade é uma das vertentes do POPH. Este representa 37% das ajudas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), cuja vigência vai até 2013, e "tem uma taxa de execução de 30%".

Em Portugal, são 572 milhões de euros para "Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social". Na área da deficiência, os apoios começaram a ter efeito prático no início de 2008. Uma primeira linha consiste na qualificação profissional, com 130 milhões de euros já aprovados e 16213 formandos.

Outra vertente é a da inserção no mercado de trabalho. Neste caso, são 28 milhões de euros e 2853 pessoas a apoiar. Para formação de 7352 técnicos e profissionais de reabilitação, já foram atribuídos 2,2 milhões de euros.

No programa Arquimedes, que visa qualificar as entidades que trabalham com deficientes, são 4,1 milhões para 127 projectos. E o programa Rampa, para as acessibilidades, tem 21 milhões de euros e 126 projectos aprovados.

Em termos de obra, como lares, residências autónomas, apoio domiciliário e centros de actividades, são 69 milhões para 98 projectos. Prevê a criação de quase quatro mil vagas.

Em Portugal, não há estatística actual sobre a população deficiente. O Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência fala em 900 mil pessoas, baseado num inquérito de 1995. Mas os últimos censos, de 2001, só indicam 636 mil. O próximo censo está previsto para 2011.

Deficiência tem custos para famílias

Fonte: JN

Ter uma pessoa com deficiência ou incapacidade na família implica custos adicionais que oscilam entre os 4.103 e os 25.307 euros por ano, revela o Estudo de Avaliação do Impacto dos Custos Financeiros e Sociais da Deficiência, apresentado em Coimbra.


"As condições de vulnerabilidade social e económica das pessoas com deficiência são óbvias", concluiu Sílvia Portugal, coordenadora do estudo, realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, a pedido do Instituto Nacional para a Reabilitação. De acordo com a investigadora, a existência de pessoas com deficiência significa "elevadíssimos custos" para as famílias.
O modelo para calcular os custos consistiu na identificação de dez perfis, em função dos diferentes tipos de deficiência, com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).
Aquele que supõe um custo efectivo mais elevado - 25.307 euros anuais - é o perfil número dez, alusivo às pessoas com deficiências graves no que respeita à mobilidade e às faculdades de manipulação, e que possuem elevadas necessidades de assistência pessoal. O perfil que tem o custo mais baixo - 4.103 euros por ano - é o número oito. Diz respeito às pessoas que têm dificuldade em deslocar-se, devido a alterações nos membros inferiores, embora não careçam de cadeira de rodas.
Estes valores referem-se aos custos efectivos (neles está deduzida a contribuição do Estado) da satisfação das necessidades da pessoa com deficiência, da garantia da sua autonomia e qualidade de vida, não correspondendo ao que as famílias gastam, como vincou Sílvia Portugal, em declarações aos jornalistas. Há quem gaste menos que isso, por falta de condições financeiras; e quem, podendo, gaste mais.
Outra conclusão apontada pela investigadora é que "os apoios do Estado ainda são insuficientes, apesar do esforço enorme que foi feito", na área, nos últimos anos.

4 idosos mortos num lar clandestino na Charneca da Caparica

O  INEM foi chamado a prestar  assistência a um idoso em paragem cardio-respiratória, numa habitação na Avenida das Eiras, na Charneca da Caparica. Apesar da tentativa de reanimação, a  equipa médica  acabou  por declarar o óbito.
No exterior desta habitação, não havia qualquer indicação de que ali funcionava um lar, no entanto, durante a operação, a equipa do INEM apercebeu-se que afinal, esta suposta casa de habitação era um lar de idosos, aparentemente clandestino. Lá dentro encontravam-se 13 idosos.
De acordo com informações de uma fonte da Protecção Civil de Setúbal,  em circunstâncias que não foram, para já, explicadas, foram encontrados mais três cadáveres no local.
A situação de clandestinidade do lar da Charneca de Caparica,  era do conhecimento da segurança social. “Tínhamos conhecimento desta situação e tínhamos, aliás, prevista uma intervenção”, referiu Edmundo Martinho. O responsável acrescenta que embora se tratasse de um lar clandestino, não estava posta em causa a “segurança imediata daquelas pessoas”.
Assegurou ainda que o lar de idosos da Charneca da Caparica  já estava referenciado para fechar em breve. A proprietária já tinha sido  notificada para fechar o lar voluntariamente. “O que fizemos foi notificar a proprietária para encerrar voluntariamente. Face ao não encerramento estávamos a preparar uma operação para fechar o lar”, acrescentou.
Os  utentes do lar, um total de 13 pessoas, serão realojados, e o Instituto da Segurança Social está já a contactar as famílias. A PJ está já a investigar o sucedido e procura pistas que possam explicar as mortes. Os inspectores estão a analisar comida, medicamentos e outras possibilidades que ajudem a esclarecer o que aconteceu.

Portugal terá três idosos por cada jovem em 2060

Fonte: JN


Daqui a 50 anos, Portugal até poderá conseguir manter os cerca de 10 milhões de residentes. Mas será uma população maioritariamente envelhecida. E com a redução drástica da população activa será difícil assegurar as prestações sociais.
A projecção de população residente no país no período entre 2008 e 2060, realizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indica que, no próximo meio século, haverá uma diminuição da percentagem de jovens (com menos de 15 anos) de 3,4%. A população activa (entre os 15 e os 64 anos) terá uma queda maior: 11,5%. Só a população com mais de 65 anos quase duplica: cresce de 17,4% em 2008 para 32,3%.
Isto significa que, em 2060, e se a tendência não for contrariada, haverá três idosos por cada jovem. Em Portugal residirão, nessa altura, 271 idosos por cada 100 jovens - mais do dobro dos valores projectados para este ano: 116 idosos por cada 100 jovens.
Apesar de o cenário parecer grave, o socialista e ex-ministro da Segurança Social Paulo Pedroso afirmou ao JN que encontra aqui o que diz ser uma "boa notícia": "As pessoas vivem mais anos com mais saúde, sobrevivem mais às doenças, e isso é bom". Por outro lado, reconhece, "o perigo de as novas gerações não serem substituídas representa um enorme desafio político, sobretudo em termos de medidas para a protecção social aos idosos e às famílias".
A solução, defende, não passa por mais apoios financeiros à natalidade, "que não vão produzir mais efeitos", mas "pela promoção de serviços". E explica: "A igualdade entre homens e mulheres não pode reflectir-se na demografia. Para que as mulheres possam ter ao mesmo tempo vida laboral e familiar- e Portugal é dos países da União Europeia com taxa mais alta de desemprego feminino - é preciso criar serviços de apoio à família: na primeira infância e na educação a tempo inteiro. Serviços próximos, comportáveis do ponto de vista financeiro e de qualidade". O deputado garante que "foi desta forma que os países nórdicos conseguiram reverter o cenário".
De acordo com a projecção do INE - considera as variáveis da fecundidade, mortalidade e migração -, a população aumentará até 2034, ano a partir do qual começará a diminuir, atingindo, em 2053, valores abaixo de 2008.

Idosos: 40 mil passam fome em Portugal

Fonte: JN


Um inquérito alimentar realizado pela Deco revelou que existem pelo menos 40 mil idosos em Portugal sem dinheiro para comer e que o custo dos alimentos é uma das razões para estas pessoas não consumirem alimentos mais saudáveis.
Publicado na edição de Novembro da revista Proteste, da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), o estudo resultou de um questionário enviado em Fevereiro e Março deste ano para uma amostra representativa da população, entre 65 e 79 anos, que vive em casa. Mais de 3400 idosos contribuíram com a sua experiência para o estudo.
Um quarto dos 3423 portugueses que responderam ao inquérito revelou ter uma alimentação saudável.
De acordo com o estudo, "o preço é o factor que mais decide a escolha" dos alimentos pelos idosos, sendo indicado por 64 por cento dos inquiridos, seguindo-se o sabor e a qualidade dos alimentos.
O estudo indica que 76 por cento dos portugueses têm "hábitos alimentares pouco saudáveis, os quais pioram com o avançar da idade".
A "difícil situação económica e a falta de autonomia influenciam de forma negativa o que se come: mais de um quinto dos inquiridos indicou ter dificuldades financeiras".

10/01/2011

SER IDOSO E SER VELHO

Ser idoso é ser velho?

Encontrei na internet um texto que gostei.Gostei mesmo, porque mostra a diferença entre ser idoso e ser velho.
Velhos são os trapos, nunca se esqueçam disso :)


Idoso é quem tem muita idade; velho é quem perdeu a jovialidade.
A idade causa a degenerescência das células; a velhice, a degenerescência do espírito .
Você é idoso quando se pergunta se vale a pena; você é velho quando, sem pensar, responde que nâo.
Você é idoso quando sonha; Você é velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende; Você é velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando se exercita; Você é velho quando apenas descansa.
Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida;
Você é velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.
Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs; Você é velho quando ele só tem ontens.

O idoso se renova a cada dia que começa.O velho se acaba a cada noite que termina.
Pois enquanto o idoso tem seus olhos postos no horizonte, onde o sol desponta e ilumina a esperança , o velho tem sua miopia voltada para as sombras do passado.
O idoso tem planos, o velho tem saudades .
O idoso curte a vida. O velho sofre, plena de projetos e a preenche de esperança. Para ele, o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
Para o velho, suas horas se arrastam destituídas de sentido.
As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso; as rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
Em suma , o idoso e o velho podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idades diferentes no coração. Que você, idoso, tenha uma longa vida, mas nunca fique velho.