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21/04/2011

“Nature Cell Biology”.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Pádua, em Itália, da qual faz parte uma portuguesa, descobriu um mecanismo nas células que pode abrir portas na investigação de doenças como a Alzheimer. Esta descoberta foi já publicada na revista científica britânica “Nature Cell Biology”.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Pádua, em Itália, da qual faz parte uma portuguesa, descobriu um mecanismo nas células que pode abrir portas na investigação de doenças como a Alzheimer. Esta descoberta foi já publicada na revista científica britânica “Nature Cell Biology”.

A equipa de investigadores daquela universidade concluiu que ao induzir a autofagia nas mitocôndrias – estrutura das células que produz energia – estas “mudam de forma e tornam-se mais eficientes, algo que se não acontecer põe em causa a sobrevivência das células”, explicou, à agência Lusa, Lígia Gomes, aluna de doutoramento da Universidade de Pádua, em Itália.

Lígia Gomes desenvolveu o trabalho de pesquisa na Universidade de Pádua juntamente com os investigadores italianos Giulietta Di Benedetto e Luca Scorrano, também professor na Universidade de Genebra.

Segundo Lígia Gomes, a descoberta de um novo papel das mitocôndrias abre-nos portas porque “a desregulação mitocondrial está envolvida em várias doenças”. De facto, mais de cem doenças resultam de problemas relacionados com as mitocôndrias.

“Em algumas doenças – como a doença de Huntington [um distúrbio neurológico] –, sabemos que as mitocôndrias estão fragmentadas. Se evitarmos isso, garantimos a sobrevivência das células”, explicou.
Conhecer o comportamento das mitocôndrias pode ainda ajudar na descoberta de “novas estratégias para controlar a sobrevivência das células, seja para evitar que estas morram em número excessivo, como acontece nas doenças neurodegenerativas (casos das doenças de Alzheimer e de Parkinson), ou para controlar a sobrevivência descontrolada que se observa nos tumores cancerígenos”.
“Esta descoberta – garante Lígia Gomes –, abre perspectivas, já que desvendou um mecanismo fundamental das células”.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Snoezelen para Idosos

A palavra Snoezelen provém do Holandês Snuffelen – cheirar e Doezelen – tornar-se leve, relaxar. Tradicionalmente, na Holanda, onde nasceu, nos anos 60, o Snoezelen foi aplicado numa sala especial com um equipamento que oferecia múltiplos estímulos, envolvendo todos os sentidos, tanto para estimular como para relaxar. O principal objectivo no Snoezelen – abordagem multissensorial – é acompanhar a pessoa idosa no crescimento da aceitação da sua nova condição, na manutenção das suas capacidades, criando um contexto de calma e tranquilidade, motivador e desafiador, onde não existem exigências, expectativas ou opiniões, mas um lugar sagrado, longe de todos os espaços comuns e recolhido, onde todos os sentidos e experiências proporcionadas só para si mesmo, o seu tempo, as suas limitações, os seus sentimentos…

Doenças psíquicas

Fonte: Nelson S. Lima - Ginástica Mental - CEO do grupo Instituto da Inteligência (Portugal)

Variam consoante a região for rural ou urbana e uma mesma doença apresenta diferentes sintomas.


"Koro", "amok", "brain fag" e outras perturbações psíquicas ainda afectam muitos povos de longínquias paragens mas não em S.Paulo, Nova Iorque ou Lisboa.

Não será novidade para ninguém dizer-se que muitas doenças são provocadas pelo estilo de vida. Mas sabe que muitos sofrimentos psicológicos são influenciados pelo local, a sociedade, a cultura e a época? Pois é. E muito mais do que possa imaginar!

Por exemplo, sabe que a depressão é sobretudo uma doença das sociedades industrializadas. Certo? Mas sabia que, quando ela ocorre em regiões mais rurais e afastadas dos grandes centros, os sintomas apresentam-se diferentes, com manifestações mais físicas do que emocionais? Curiosa esta distinção, não é?

O mesmo se passa com a vulgar ansiedade. Enquanto nos países industrializados as manifestações são mais psíquicas e intelectuais, nas regiões menos desenvolvidas e rurais os sintomas são de natureza mais somática (física) e comportamental. Isto é outra diferença interessante.

Acontece também que várias perturbações psicológicas que tanto afectam os cidadãos do chamado “primeiro mundo” – fortemente industrializado, urbanizado e competitivo – são praticamente desconhecidas entre os povos que habitam regiões subdesenvolvidas, onde a agricultura e a pastorícia constituem ainda as principais actividades económicas. É o que acontece com a anorexia nervosa, o transtorno obsessivo-compulsivo e a doença bipolar (transtorno depressivo de características muito específicas) que estão entre as perturbações mentais praticamente desconhecidas das sociedades tradicionais.

A manifestação e o significado de muitas perturbações de índole psicológica diferem de cultura para cultura. A explicação reside no facto das chamadas “experiências de vida” – que variam não apenas de pessoa para pessoa mas também de sociedade para sociedade – serem fortemente influenciadas pela época histórica, o meio, as crenças, o contexto sócio-económico e o estilo de vida.

Diferentes regiões, diferentes sintomas
Nas sociedades ocidentais predomina a família nuclear, com poucos filhos, uma separação maior entre a vida privada e a vida pública e um menor peso da religião e da tradição. Desde muito novos, os habitantes dos grandes centros adoptam estilos de vida marcados pela competição, a conquista do sucesso e a posse de bens materiais.

Já as sociedades rurais estão imersas em tradições milenares onde as crenças religiosas têm um papel muito forte, influenciando não apenas as decisões pessoais como as de natureza comunitária e política. As famílias são extensas, a escolaridade é baixa e os sentimentos de competitividade e de conquista de sucesso praticamente não existem.

Um exemplo muito interessante do papel que o meio e a cultura desempenham na forma como as doenças psicológicas se exprimem é o da esquizofrenia, uma perturbação mental que no Ocidente penaliza cerca de 1 a 2% da população.

A esquizofrenia manifesta-se, entre outros sintomas, através de alucinações, embotamento afectivo e ideias delirantes. Todavia, há geralmente diferenças de padrão conforme ela ocorra num indivíduo de uma cidade europeia ou americana ou num habitante da savana africana ou das estepes asiáticas. Por exemplo, nos doentes esquizofrénicos das sociedade rurais as ideias delirantes referem-se a anomalias corporais, antepassados e “espíritos”. Por outro lado, o seu significado pode ter conotações espirituais e religiosas.

A afectividade

Fonte: Nelson S. Lima - Ginástica Mental - CEO do grupo Instituto da Inteligência (Portugal)

Os afectos podem revelar-se através de atitudes ou traços de carácter e são determinantes para a nossa vida.

A afectividade divide-se em emoções, agitações e disposições. Os afectos podem revelar-se também através de atitudes (como gostos e aversões, aprovação e reprovação) e traços de carácter (tais como benevolência, irascibilidade e o espírito vingativo). Existe ampla controvérsia sobre o que são emoções. Alguns estudiosos entendem que as emoções são algo muito pessoal e interno a cada pessoa. Outros, como os antropólogos, consideram as emoções como sendo criadas entre as pessoas, ou seja, resultantes da interacção entre elas. Certo é que as emoções são a manifestação externa e dinâmica do estado afectivo interno das pessoas e, por isso, são observáveis.

Ou seja, as emoções exprimem-se através do rosto e das reacções corporais. Elas podem ser avaliadas em termos de tipo, intensidade, extensão, variabilidade e grau de congruência (alterado ou inalterado). Os indivíduos normais demonstram uma multiplicidade de emoções, de intensidade variável, que, em geral correspondem e variam com os pensamentos e sentimentos expressos verbalmente. Elas pesam também nas nossas deliberações e nos desejos que albergamos.

Existem muitos tipos de emoções e diferentes formas de as agrupar. Uma das mais rigorosas divide as emoções em "emoções orientadas para os outros" e "emoções orientadas para o próprio". Veja-se:

Emoções paradigmáticas orientadas para os outros (são o amor, o ódio, a esperança, o medo, a cólera, a gratidão, o ressentimento, a indignação, a inveja, o ciúme, a piedade, a compaixão e o pesar); e...

Emoções de auto-avaliação orientadas para o próprio (o orgulho, a vergonha, a humilhação, o arrependimento, o remorso e a culpa).

Seguem-se as chamadas agitações. Estas são perturbações do afecto de curto prazo geralmente provocadas por algo exterior a nós. Exemplos de agitações: sentir-se excitado, sentir-se chocado, sentir-se espantado, sentir-se surpreendido, sentir-se assustado, sentir-se revoltado, etc. São experiências sentimentais passageiras causadas por aquilo que percepcionamos, aprendemos ou entendemos.

Sendo perturbações podem alterar o nosso comportamento e travar as motivações. Por exemplo, podemos comportarmos de determinada maneira se estivermos "revoltados" com algo ou alguma pessoa. O comportamento será diferente se estivermos "surpreendidos". Ou seja, as agitações são uma categoria de sentimentos que provocam diferentes "modos de reagir".

As disposições são quadros mentais ou estados de espírito em que nos encontramos em cada momento. Podemos sentir-nos alegres, eufóricos, satisfeitos, irritados, melancólicos ou deprimidos. São pois uma "propensão para" nos sentirmos de uma determinada maneira e, por isso, estão ligados a estilos de comportamento.

As disposições afectam nossos pensamentos e reflexões. Veja-se como quando estamos alegres os nossos pensamentos são diferentes do que quando estamos melancólicos. Enquanto as emoções propriamente ditas promovem a acção (por exemplo, o medo provoca a fuga ou a defesa), as disposições não.

Além das emoções temos também as chamadas atitudes emocionais. O que são atitudes emocionais? São tomadas de posição emocional como, por exemplo, sentir saudades ou sentir ciúmes por alguém de forma prolongada. Em teoria podem confundir-se com sentimentos dado que se podem prolongar no tempo.

Finalmente, os traços de carácter emocional. Não se podem confundir com emoções nem com sentimentos. Na verdade, representam "propensões para ser e sentir" dadas as circunstâncias apropriadas e têm a ver com a natureza emocional das pessoas. Compreende-se melhor através de exemplos: há pessoas que se caracterizam por ser compassivas, outras por ser amáveis, outras invejosas, outras tímidas, outras aventureiras, etc. Definem, de algum modo, "maneiras de ser" e estão inseridas na sua personalidade. A educação e as experiências de vida durante a infância determinam muitos dos traços de carácter emocional. 

Como rejuvenescer a mente

Fonte: Nelson S. Lima - Ginástica Mental - CEO do grupo Instituto da Inteligência (Portugal)

Conheça os dez mandamentos para manter a agilidade, a fluidez e a rapidez da sua mente.


Em qualquer idade podemos rejuvenescer a nossa mente. Isto é ainda mais importante nas pessoas que ultrapassam os 40/50 anos de idade,  pois o estado mental influencia o processo de envelhecimento. Sabemos que este pode acelerar se a mente não estiver limpa de impurezas. O fenómeno é idêntico ao do organismo: se este tiver muitas toxinas, envelhece prematuramente e fica mais sujeito a maleitas.Cientificamente,  nós sabemos que a mente não envelhece - amadurece. O que envelhece é o cérebro, o organismo. A mente pode, porém, perder agilidade, rapidez e fluidez se não for cuidada e alimentada por experiências enriquecedoras de vida como também de oxigénio, exercício e dieta reparadora.

O que faz envelhecer a mente?

A mente, já o disse, não envelhece. Mas não está imune aos ataques de elementos que podem fazê-la perder a vitalidade dos anos de juventude. Podemos dividir esses elementos em dois grupos. Assim, alguns atingem a mente através do corpo. Outros actuam mesmo dentro da mente.

Através do corpo podemos fragilizar o estado da mente levando um estilo de vida que, prejudicando o organismo, vai danificar as células do cérebro, diminuindo a sua capacidade de reacção. Impurezas oriundas da alimentação, excesso de álcool, tabaco e sedentarismo são os elementos que mais afectam a juventude da mente forçando-a a diminuir a sua destreza, incluindo o indispensável trabalho da memória.

Na mente, por sua vez, podemos actuar da mesma forma reduzindo o seu estado de saúde. Experiências negativas, pensamentos tóxicos, emoções descontroladas e excessivas e pobreza de informação e conhecimentos enfraquecem o poder mental.
O que faz rejuvenescer a mente?

Felizmente, podemos recuperar e manter a saúde e a destreza mental levando um estilo de vida que dê primazia a vários procedimentos.Eis algumas dicas de rápida e garantida ficácia:

Mexa-se. Caminhe, passeie, viaje. Não esteja mais do que 2 horas seguidas sentado.
Aprenda a respirar bem. De manhã, inspire calmamente.
Faça exercícios de relaxamento com frequência e aprenda a meditar.
Alimente-se de forma equilibrada, eliminando as más gorduras, frituras, álcool em excesso e açúcares. Aposte numa dieta “verde” com legumes e fruta, ingerindo menos carne.
Tome suplementos vitamínicos e minerais que equilibrem a sua alimentação.
Durma o suficiente e, se puder, faça sestas (elas ajudam a reequilibrar o organismo).
Conviva com pessoas interessantes, simpáticas e positivas.
Afaste-se de climas humanos desagradáveis e conflituosos.
Leia, leia bastante, várias vezes por dia, incluindo jornais.
10º Abuse dos sentidos: aromas, sabores, música, tocar em diversos materiais e alargar a visão para pormenores ao seu redor, as estrelas do céu e o horizonte.

Estas sugestões, logo que tornadas em hábitos, vão-lhe trazer um bem-estar geral fantástico e uma mente prodigiosa. Se tiver alguma doença crónica ajuste estas pistas aos conselhos do seu médico.
Viva e seja feliz!