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07/12/2010

Fundação António Joaquim Gomes da Cunha


1. Breve História da Fundação

A Fundação A. J. Gomes da Cunha, antigo “Instituto”, ou “As Obras”, como ainda hoje alguns lhe chamam, é uma instituição criada pelo benemérito António Joaquim Gomes da Cunha, natural do lugar de Gondarém, da freguesia de S. Nicolau, do concelho de Cabeceiras de Basto.

Tendo amealhado fortuna no Brasil, durante o século dezanove, fez constar do seu testamento, o desejo de comprar terrenos no lugar de Gondarém, para aí construir edifícios para Escolas Primárias (Masculina e Feminina), Posto Médico, Farmácia e outros espaços destinados a alojamento dos Professores e Farmacêuticos.

O que veio a tornar-se realidade, pelo que, para além destas estruturas, foi ainda construído um edifício destinado a Escola Agrícola, Industrial e Comercial.

Para concretização e acompanhamento desta ideia, foi constituída uma Comissão Administrativa que, durante vários anos, geriu os rendimentos do “Instituto”.

No entanto, a conjuntura política e financeira dos anos 20, com a desvalorização da moeda, levou a que a Administração do então Instituto, colocasse nas mãos da Câmara Municipal, a gestão de todos os seus bens.

Posteriormente, a Câmara Municipal viria a entregar, a uma Comissão formada em S. Nicolau, a administração do Instituto A. J. Gomes da Cunha, que, a partir de certa altura, se viu confrontada com a preocupação essencial de evitar, a todo o custo, a degradação natural dos edifícios, em consequência da sua não utilização.

Houve também necessidade de actualizar os Estatutos (o “Instituto” passa a Fundação), de alargar a área de intervenção e abrangência, tendo em vista já, a criação de uma Escola de Deficientes, como forma de reiniciar a actividade da instituição.

Os dados estavam lançados e a ideia de aproveitamento dos edifícios para uma resposta social na área da deficiência, foi-se consolidando.

Seguiu-se um trabalho de contacto com a Segurança Social, no sentido da obtenção do necessário apoio para a elaboração do projecto e, depois, para o respectivo financiamento da obra.

No entanto, desde logo se prestou apoio social na área da deficiência, nomeadamente através do transporte dos jovens do concelho, para a CERCIFAF.

Ao mesmo tempo, foi criado um serviço de apoio domiciliário às famílias dos deficientes, mas, apesar deste trabalho, continuava a verificar-se: uma enorme carência social no apoio aos deficientes e às suas famílias, um elevado número de casos detectados de deficiência sem qualquer resposta adequada e uma ausência de equipamentos de apoio a pessoas inadaptadas, ao nível local.

Para fazer face a esta realidade, foi incluída em PIDDAC (1997-1999), a verba de 60.000 contos, para as obras de adaptação de parte do edifício da Fundação, para aí criar um Centro de Actividades Ocupacionais para Cidadãos Inadaptados, que permitiria a realização de actividades socialmente úteis e estritamente ocupacionais, bem como apoio técnico permanente nos planos físico, psíquico e social.

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